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Quer aprender mais sobre LOB (line of Balance)? Conheça a origem dessa técnica e confira 6 dicas do especialista Renato Mariz para implementar de forma estratégica.

Por Renato MarizLean Institute Brasil

Line of Balance, ou Linha de Balanço, como você já deve ter visto em outros conteúdos do blog da Prevision é uma técnica de controle de planejamento de obras. LOB (Line of Balance) vem sendo fortemente adotada entre as construtoras que buscam métodos mais eficientes para produção construtiva.

Por outro lado, há pessoas que desejam investir na técnica, mas ainda não sabem como aplicá-la. Neste artigo, você vai saber como a LOB (Line of Balance) surgiu e dicas de Renato Mariz, especialista e gerente de projetos no Lean Institute Brasil. Continue lendo e aproveite!

LOB – Line of Balance: o que é e como aplicar a metodologia

Line of Balance (LOB) é uma técnica de planejamento de obras, criada pela Goodyear por volta de 1940. O objetivo desta técnica é realizar o planejamento da obra inserindo a dimensão local, proporcionando uma visualização mais detalhada da obra. Por meio dela, é possível saber se os serviços estão atrasados, adiantados ou no prazo, o que proporciona maior previsibilidade da obra de forma geral. 

A técnica é bastante utilizada em projetos com padrão de repetição, como edifícios e loteamentos. Outra característica importante sobre LOB é que a técnica, desde que foi criada, incorporava princípios e pilares do Lean Construction , mesmo sendo bem anterior à filosofia. 

A partir desse conceito, a LOB é capaz de entregar informações relevantes para melhorar a produtividade das tarefas no canteiro de obras.

Utilizando a Line of Balance, a empresa consegue organizar e planejar os locais da obra no tempo. Assim, o engenheiro ou gestor tem uma visão ampla, mas simples, do que está em execução na obra e o que ainda será feito.

Embora seja simples de utilizar e aplicar nas obras, muitos profissionais têm dúvidas sobre como implementar a LOB (Line of Balance) nas construtoras. A seguir, você vai conferir as dicas de Renato Mariz, especialista no assunto.

6 dicas de Renato Mariz para implementar com uma visão estratégica

No webinar “Planejamento estratégico e Linha de balanço: benefícios na prática”, realizado pela Prevision em agosto, a CEO da empresa, Paula Lunardelli conversou com Gualter Afonso, Diretor de Operações na Alphaville Urbanismo e com Renato Mariz, Gerente de Projetos no Lean Institute Brasil sobre planejamento estratégico em Linha de Balanço e seus benefícios na prática. 

Durante o bate-papo, os profissionais comentaram sobre as melhores formas de uso, estratégias de sucesso e como fazer a migração para Linha de Balanço nas construtoras. Renato Mariz falou sobre 6 dicas importantes para quem quer implementar LOB com uma visão estratégica. É esse complicado de dicas que você confere a seguir!

1. Aproveite a visualização holística e implemente o fluxo contínuo

A Line of Balance oferece uma visão geral do projeto. Ao compará-la com o modelo Lean, a LOB traz conceitos parecidos com o mapa do fluxo de valor. É possível observar toda cadeia de valor, onde tá agregando, onde tem os desperdícios etc. 

Quem utiliza Gantt para fazer planejamento, por exemplo, se passar ele para LOB possivelmente vai encontrar alguns desperdícios, relacionados com espera, superprodução, entre outros. Aproveitando essa visão holística, é possível implementar o fluxo contínuo, utilizando o conceito do takt time para estabelecer o ritmo de produção adequado para os serviços. 

“Para estabelecer o fluxo contínuo no planejamento tem todo um método por trás. Com base nos marcos de entrega fazem as simulações dos trens de serviços. Por exemplo, quando a gente tem o marco intermediário, então a gente faz uma simulação de um trem de serviços para o marco final e outra para o marco intermediário”, explica Renato Mariz. 

2. Defina o menor tamanho de “lote”possível

Identificando qual é o menor lote possível para construir, você conseguirá reduzir seu prazo. Aplicando o conceito de pequenos lotes, com a mesma equipe atuando em dois cenários diferentes é possível diminuir as esperas entre pavimentos e, consequentemente, o prazo. Em um exemplo apresentado durante o webinar, Renato comenta que conseguiu reduzir o prazo de um projeto em 25% – indo de 18 semanas para 13 e meio

Com essa redução, é possível diminuir o tempo de permanência na obra, o custo de indiretos, melhorar a qualidade, porque um serviço é feito bem próximo do outro, assim qualquer problema é identificado rapidamente. É possível, ainda, compartilhar profissionais e equipamentos, o que aumenta a produtividade. 

3. Integre a linha de balanço e tecnologias com propósito bem definido

Integrar tecnologias como BIM, realidade virtual, realidade aumentada e outras é importante para trabalhar de forma mais eficiente e estratégica. Mas é importante pensar qual é o propósito de cada uma delas e como ajudam no processo produtivo, atuando em conjunto com a LOB.

Identificando esse ponto e como a tecnologia auxilia na obra é possível alcançar mais eficiência, integrar as ferramentas, ter informações atualizadas a todo o momento e diversos benefícios que apenas a tecnologia oferece.

4. Envolva as pessoas

Projetos que utilizam LOB conseguem manter todos conectados e alinhados na mesma página. Envolver as pessoas no projeto quer dizer conectá-las ao processo de tomada de decisão. Isso inclui mestre de obras, terceiros, fornecedores, clientes, todos os interessados no projeto para discutir e chegar na melhor tomada de decisão. 

“Não é só usar a linha de balanço em si, mas envolver as pessoas, trazer a tecnologia, etc.”, comenta Mariz. Utilizando ferramentas como a Prevision, é possível envolver todos que atuam no projeto, simular cenários na hora e encontrar o melhor caminho a seguir. 

5. Cuidado, priorize a saúde financeira

Ao dar visibilidade e visão do fluxo de valor, você alcança um planejamento macro alinhado à estratégia e evita ficar na “caça à medição”. De tal modo que, os serviços serão executados de forma ordenada, seguindo diretrizes estratégicas, mas sempre considerando diversos cenários.

O ideal é ter um fluxo de caixa saudável, conectado com o fluxo produtivo e em caso de desvios deve ser corrigido para evitar quebras nos fluxos. Além disso, lá no início do projeto, negocie formas de pagamento com o cliente que sejam coerentes com o fluxo produtivo.

6. Conecte a linha de balanço com a abordagem situacional

Abordagem situacional é basicamente você identificar qual problema precisa resolver. Nesse sentido, é preciso olhar para a LOB e encontrar esse problema. Ou seja, se alguma atividade não está indo bem, você pode tomar uma decisão e optar por um caminho diferente para evitar que problemas maiores sejam gerados a partir daquele. 

Uma forma interessante de fazer isso, sem executar testes que podem dar errado, é simulando cenários. Na plataforma da Prevision, é possível fazer essa simulação, de diferentes cenários, e optar por aquele que oferece a melhor projeção.