A utilização de ferramentas de gestão de obras tem ajudado empresas de todos os portes a terem uma organização eficiente no que diz respeito à administração dos projetos. Ela proporciona a redução de riscos e o aumento da produtividade nas construções.
A verdade é que uma boa gestão representa um pilar fundamental em qualquer área profissional. E o sucesso nesse campo está intrinsecamente ligado à habilidade de gerenciar recursos, cumprir prazos, coordenar equipes e interagir com fornecedores de maneira eficiente. Diante desse cenário é que surgiu a necessidade crescente de ferramentas especializadas para a Construção Civil, que possam potencializar e aprimorar a gestão de obras.
De acordo com a pesquisa Cenário Construtivo 2023, mais de 70% das construtoras já incorporam tecnologias como o BIM em seus processos. Além disso, cerca de 58% estão adotando a digitalização para o planejamento e controle de obras, deixando de lado fichas impressas e planilhas.
No atual contexto tecnológico, as desculpas para a falta de organização empresarial tornam-se obsoletas diante de tantas soluções inovadoras para o gerenciamento de obras. Diversas ferramentas emergiram como aliadas na otimização da gestão, oferecendo maior clareza, agilidade e eficiência.
Por isso, a integração dessas tecnologias no cotidiano da Construção Civil representa não apenas uma modernização, mas uma necessidade. Se você deseja saber mais sobre as ferramentas de gestão de obras, continue sua leitura.
Por que implementar ferramentas de gestão de obras?
A implementação de ferramentas de gestão de obras apresenta uma série de vantagens que contribuem significativamente para o sucesso e a eficiência dos projetos. Ao adotar sistemas digitalizados, as construtoras podem colher benefícios significativos, como:
a) Aumento da eficiência e produtividade:
A automação de processos manuais agiliza as operações, reduzindo o tempo gasto em tarefas rotineiras. Além disso, proporciona o acesso facilitado às informações em tempo real, permitindo a rápida identificação e resolução de problemas. Vantagens que beneficiam diretamente o fluxo de trabalho.
b) Redução de custos e desperdícios:
A utilização dos sistemas digitais melhora o controle sobre os recursos, tornando possível evitar excessos e minimizar desperdícios. Isso se dá também devido à gestão mais precisa dos custos, o que ajuda na identificação de oportunidades de economia ao longo do projeto.
c) Melhoria na comunicação e colaboração entre equipes:
Plataformas digitais proporcionam canais de comunicação integrados que facilitam a troca de informações entre membros da equipe em tempo real. Essa colaboração online agiliza o compartilhamento de documentos e a tomada de decisões conjuntas, reduzindo possíveis gargalos no processo.
d) Garantia de conformidade com prazos e regulamentações:
As ferramentas de gestão também auxiliam na elaboração de cronogramas realistas, monitorando e alertando sobre eventuais atrasos. Dessa forma, a conformidade com as regulamentações é mais facilmente assegurada com a automação de processos e relatórios de obra automáticos.
e) Embasamento e assertividade na tomada de decisão:
Os dados em tempo real e as análises preditivas fornecidos pelas ferramentas de gestão de obras fornecem uma base sólida para a tomada de decisões, reduzindo o impacto de conjecturas e suposições. Relatórios detalhados e métricas de desempenho permitem uma avaliação precisa do andamento da construção, facilitando a identificação de áreas que necessitam de ajustes.
Essas vantagens não apenas modernizam o setor da construção, mas também conferem uma vantagem competitiva às empresas que adotam práticas inovadoras e eficientes na gestão de obras. O resultado é um aumento na qualidade, produtividade e até mesmo na rentabilidade dos projetos.
6 principais ferramentas para gestão de obras
No contexto atual, existem diversas ferramentas disponíveis para o gerenciamento de obras. Mas como definir qual a melhor para a sua construtora ou incorporadora? Pensando nisso, reunimos aqui as 6 principais soluções para que você possa analisar junto à sua equipe.
1) BIM (Building Information Modeling)
O software BIM (Building Information Modeling) tem sido uma das ferramentas mais utilizadas para facilitar o processo da gestão de obras. Ele permite que o profissional enxergue o projeto de forma tridimensional, o que proporciona uma visão ampliada e facilitada sobre a construção que está sendo desenvolvida. Ele é muito utilizado para o acompanhamento do cronograma, realização de orçamentos, análise de mão de obra, além de diversas outras opções que a ferramenta disponibiliza.
2) Gestão de projetos
Os softwares para a gestão de projetos da Construção Civil também são uma ótima opção para quem busca mais facilidade para visualizar cada uma das etapas, bem como uma melhor integração das equipes. Nesse sentido, podemos mencionar o Construmanager, reconhecido por trazer mais clareza nas informações e facilitar as entregas dentro dos prazos. Por meio de um excelente visualizador de modelos BIM, controle automático de revisões, dentre outras funcionalidades, o software tem se destacado entre as construtoras.
3) ERP
Os sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) são considerados a ‘espinha dorsal’ da gestão de obras, pois são a ferramenta principal que centraliza todos os dados de modo que os dados e processos gerenciáveis sejam integrados. Aqui não podemos deixar de citar a plataforma Sienge, que tem se destacado entre os ERPs do mercado. Possuindo soluções que compartilham automaticamente informações entre si, o sistema traz muita produtividade e compliance para a construtora.
4) Planejamento e Controle
Ferramentas para o planejamento e controle de obras são fundamentais para ter uma visão completa e holística do andamento do projeto, a fim de eliminar retrabalhos e desperdícios, seja de tempo ou recursos. Para isso, a Prevision é uma excelente opção. Com base na filosofia do Lean Construction, ela gera eficiência e permite reduzir consideravelmente o tempo despendido no planejamento e desenvolvimento estratégico de um projeto, possibilitando uma melhor alocação de recursos. O resultado final é uma construção mais enxuta, econômica e produtiva.
5) Gestão da Qualidade
Para quem busca um melhor gerenciamento da qualidade da obra, também pode contar com softwares que ajudam nesse sentido. O Construpoint, por exemplo, é uma das plataformas mais buscadas. Proporcionando uma boa integração das equipes e um alinhamento maior da programação diária de atividades da obra, é possível otimizar o processo de gestão evitando uma série de desafios comuns à Construção Civi, como retrabalhos, má execução, desperdícios, entre outros. Dentre as principais funcionalidades, podemos citar FVS e FVM digitais, Diário de Obras, checklists, indicadores de consumo, entre outros. Uma plataforma para todas as áreas da obra: desde o planejamento até a qualidade.
6) CRM: Sistema de Gestão do Relacionamento
O CRM (Customer Relationship Management), conhecido como Sistema de Gestão do Relacionamento, também pode facilitar e muito a gestão de obras. Essa ferramenta permite o registro e acompanhamento de possíveis clientes e funis de vendas, evitando a perda de clientes e maximizando os resultados comerciais como um todo.
Além disso, pode ser utilizado para organizar tarefas em conjunto com corretoras, imobiliárias, incorporadoras, entre outros. Para quem busca esses objetivos, o CV CRM é a melhor opção do mercado. Além de possuir integração total com outros softwares que mencionamos acima (como o Sienge, por exemplo), ele facilita os processos diários enfrentados durante a etapa de lançamento e/ou venda do empreendimento.
Conclusão
Como você viu neste artigo, a transição para a gestão digital na construção é mais do que uma tendência: é uma necessidade imperativa para a eficiência e competitividade das construtoras. Ao explorar as ferramentas essenciais na rotina do gestor de obras, ficou claro que a adoção de tecnologias e a digitalização de processos são passos cruciais para o progresso.
No entanto, é fundamental ressaltar que, para uma gestão verdadeiramente estratégica da obra, as construtoras devem ir além da implementação individual de ferramentas. A inteligência de dados torna-se a peça-chave, que consolida e integra informações em dashboards e relatórios coerentes. Essa abordagem sinérgica permite que todas as ferramentas contribuam efetivamente para uma visão holística e bem informada do projeto.
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