A construção civil enfrenta desafios diários devido ao baixo índice de investimentos em tecnologia e inovação encontrado na maioria das empresas do setor. Sendo um dos setores mais tradicionais da indústria, a adoção de ferramentas e processos modernos costuma causar certa resistência entre os profissionais da área. No entanto, algumas práticas, comumente associadas à cultura de startup, podem ajudar a mudar esse cenário.
As empresas que investem em metodologias ágeis e conceitos lean conseguem ter resultados mais positivos do que as que não utilizam e aumentar a eficiência de seus processos. Neste artigo, listamos 7 práticas conhecidas no universo da cultura de startup que você pode começar a utilizar em sua construtora para ser mais eficiente. Confira!
7 práticas da cultura de startup para tornar sua construtora mais eficiente
Espaços integrados
Em empresas tradicionais e com muitas hierarquias para seguir, a divisão dos espaços e setores é um modelo muito comum. Isso acaba tendo um efeito de reforçar quem são os profissionais em posição de chefia e criar barreiras para a interação entre as equipes.
Já nas empresas com uma cultura de startup mais ativa, todos os profissionais, independentemente da hierarquia, trabalham no mesmo ambiente. Dessa forma, a troca de informações e a interação é muito maior, pois não há nada que impeça os colaboradores de terem acesso uns aos outros. Esse modelo também facilita a integração e o acesso às informações, e pode funcionar também para melhorar a percepção de coletividade dentro da empresa.
Nas construtoras, o maior desafio, nesse sentido, é o de integrar os profissionais que estão no escritório com aqueles que estão no canteiro de obras. Neste caso, a integração não se dá de forma física, porém uma forma de solucioná-la pode ser investindo em recursos de integração de informações.
Estrutura horizontal
A estrutura dentro das startups costuma seguir o modelo horizontal. Assim, mesmo com a existência de líderes, coordenadores e gerentes, as decisões costumam ser tomadas em conjunto e sempre de forma colaborativa. Ou seja, todos podem opinar e trazer suas visões.
Em empresas tradicionais, os colaboradores são informados das decisões da diretoria apenas quando essas já foram tomadas, em um modelo conhecido como “top-down”. Isso quer dizer que nem sempre influenciam ou podem opinar e, consequentemente, podem se sentir excluídos dos processos da empresa. Esse tipo de modelo acaba afastando e inibindo os profissionais, impedindo que vejam meios de contribuir, e assim se sentindo menos parte do todo.
Dentro de uma empresa, todos têm muito a oferecer, aprender e ensinar e as experiências de cada um podem agregar muito. Por isso, em geral, essa prática da cultura de startup tende a ser benéfica para todo tipo de empresa.
Ambiente descontraído
Construtoras, em geral, possuem ambientes de trabalho formais. Isso pode ser identificado desde a forma com que os profissionais se vestem até o tipo de mobiliário encontrado nos escritórios do setor, por exemplo. Essa cultura foi construída, em grande parte, por conta da imagem que os colaboradores precisam transmitir aos clientes. Segurança, confiança e credibilidade são fatores importantes para empresas que atuam nesse setor.
Aos poucos, empresas mais modernas e com cultura de startup estão eliminando alguns conceitos que apenas fazem parte de uma imagem, mas não se relacionam, de fato, com a seriedade com que o trabalho é levado.
No entanto, também não é preciso mudar toda a forma com que os colaboradores se vestem para que a empresa seja vista como mais moderna, por exemplo. É possível ter um equilíbrio, com descontração em alguns momentos e seriedade em outros. O importante é que todos devem se sentir confortáveis no ambiente de trabalho.
Trabalho colaborativo
O mercado corporativo é muito competitivo e isso pode, eventualmente, prejudicar os projetos e a empresa, de forma geral. Trabalhar de forma colaborativa ajuda no desenvolvimento profissional de cada colaborador e permite que todos consigam trabalhar para alcançar um objetivo maior.
Na cultura de startup, a colaboração é amplamente valorizada, com o foco no fato de que, trabalhando em conjunto, as entregas são cada vez melhores. Esse tipo de postura deve partir, principalmente, dos gestores e diretores. Os colaboradores se sentirão mais motivados em seguir os exemplos de seus líderes.
Flexibilidade
Startups não são adeptas de modelos de trabalho engessados, pelo contrário. A flexibilidade está no DNA da cultura de startup. Isso quer dizer que as entregas são mais importantes do que o tempo que o engenheiro passa no escritório ou na obra, por exemplo. Isso, no entanto, não significa que o profissional não vai aparecer nunca no escritório.
Na cultura de startup, estimula-se a autonomia, de modo que cada um entende exatamente as suas responsabilidades e o que precisa fazer para garantir suas entregas. A autonomia torna o colaborador ainda mais responsável, pois ele sabe que a finalização de seus projetos depende totalmente do seu próprio controle.
Filosofia Lean
Fazer mais, com menos recursos e melhor qualidade são aspectos que podem resumir a filosofia Lean. Pensar de forma enxuta, ou seja, enxugando custos, processos e equipes faz parte do modelo de trabalho de todas as startups.
Pensar dessa forma faz com que as empresas consigam aprimorar seus processos e entender o que é realmente necessário para operar. Quando a construtora passa a fazer essa avaliação, percebe que muitas despesas poderiam ter sido evitadas, pois não eram realmente necessárias.
Investimento em tecnologia
A tecnologia é fundamental para o desenvolvimento de qualquer startup, pois por meio dela é possível otimizar processos, reduzir custos, formar equipes mais capacitadas, encontrar soluções com maior agilidade e ter mais eficiência nas entregas. Uma empresa que não investe em tecnologia não tem uma cultura de startup.
Mas não basta investir em tecnologia, as construtoras precisam saber em quais tipos de recursos investir. Existem muitos recursos no mercado que são vendidos como tecnológicos, mas acabam tornando os processos burocráticos e onerosos.
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